sábado, 16 de maio de 2015

Transferência mental - Transferência de consciência será possível?? - POST DUPLO

POST DUPLO - A seguir,duas boas reportagens sobre (a possível) transferência da consciência mental para máquinas no futuro! Um dos conteúdos,inclusive,é do site Superinteressante!

Transplante de mente

Se o cérebro abriga o que somos, criar cópias virtuais dele pode ser o passaporte para uma consciência indestrutível
"Este corpo não te pertence mais", alguém poderia lhe dizer, quando o upload de sua mente em um robô for concluído com sucesso, numa espécie de reencarnação cibernética que poderá torná-lo imortal. Maluquice? É só uma questão de deixar a imaginação fluir e seguir o raciocínio de alguns cientistas que acreditam que um dia, ainda muito distante, o transplante de mente será viável.

Já dá para perceber que fazer o upload da mente inteira para uma máquina será fichinha se comparado ao download do sistema que roda em nosso cérebro e cujas especificações ainda mal conhecemos. Se bem que este último detalhe não preocupa o americano Ray Kurzweil, um dos mais importantes teóricos do assunto. Segundo ele, não será preciso decifrar todo o funcionamento mental para poder copiá-lo. O grande desafio é a cópia em si, ou melhor, a ferramenta que dará conta de reproduzir fielmente o emaranhado dinâmico de redes neurais do cérebro humano em redes de inteligência artificial de computadores.

Reengenharia póstuma

Uma dessas possíveis ferramentas é a ressonância magnética (RM). Não a que temos hoje, mas uma bem mais sofisticada, que revele a arquitetura neural até o nível molecular. Ela poderia ser usada de forma invasiva ou não invasiva. No primeiro caso, trata-se de um procedimento post mortem, em que fatias finíssimas do cérebro seriam escaneadas. Depois, as informações seriam integradas para a construção da rede artificial, e a mente do falecido ressuscitaria num disco rígido. O problema é que o cérebro precisa estar intacto, e ninguém sabe em que circunstâncias vai morrer. Um acidente que cause perda parcial ou total do cérebro ou uma doença neurodegenerativa das mais graves, como o mal de Alzheimer, por exemplo, poderiam arruinar os planos do candidato ao transplante.

Por isso, os métodos não invasivos devem ser preferíveis. Além do mais, com o sujeito vivo, o cérebro em ação seria escaneado, o que melhoraria a qualidade da cópia. Hans Moravec, da Universidade Carnegie Mellon (EUA), descreve uma cena desse tipo em seu livro Homens e Robôs. Você está consciente numa sala de operação e um robô, que também é um equipamento de RM, escaneia seu cérebro e ao mesmo tempo escreve o programa que é uma réplica do seu funcionamento mental (isso pode demorar algumas horas, mas o que é um tempinho desses diante da grande promessa da imortalidade?). O programa é então instalado e testado num computador. Sua mente está duplicada e o robô-cirurgião checa se você está satisfeito.

Supondo que esteja tudo certo, sua mente artificial pode ser transferida para um androide (até lá eles serão idênticos a nós, ou quase). Resta saber o que será feito de você em carne e osso. Opção 1: dispensar o corpo e curtir as delícias da imortalidade como um ciborgue. Opção 2: esperar pela morte natural para só depois usar o backup mental - neste caso, tudo o que passar por seu cérebro depois da cópia será perdido, mas isso pode trazer conflitos de identidade. Nem é preciso dizer que as implicações éticas do transplante de mente, se um dia for realizado,serão gigantescas.
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IA FORTE x IA FRACA
O outro lado da moeda.


      " ...Quando pudermos construir máquinas pequenas a ponto de se ligarem diretamente aos neurônios poderemos fazer uma conexão entre o mundo das máquinas e o mundo biológico. Nesse momento começaremos a produzir ciborgues, com uma consciência parte humana, parte máquina. Acho que isso deve começar a acontecer daqui a 25, 30 anos... Ao final, poderemos transmitir todo o nosso cérebro para as máquinas e nunca mais morrer. Infelizmente, levaremos, no mínimo, 50 ou 60 anos para atingir isso. E possível que as crianças de hoje vivam eletronicamente para sempre e talvez a minha seja a última geração a morrer." 
IAN PEARSON

      O Físico e Matemático inglês Ian Pearson, trabalha para a British Telecom, principal companhia telefônica do Reino Unido, em seu laboratório de pesquisas avançadas. Sua função é imaginar as tecnologias que surgirão nos próximos 10 ou 100 anos. Pearson se encaixa perfeitamente no perfil dos defensores da IA Forte. Ele afirma que, no futuro, existirão robôs e máquinas capazes de pensar, e que esses robôs e essas máquinas terão autoconsciência, ou seja, elas saberão que são máquinas e que são diferentes dos seres humanos, e como, segundo Pearson, os humanos não dão muita importância para as máquinas, elas também não darão importância aos humanos e este fato poderá até gerar uma guerra entre os humanos e as máquinas.

       Parece locura, mas com o avanço das tecnologias como robótica, nanotecnologia, mapeamento genético, inteligência artificial, entre outras, vários cientistas compartilham da visão de Pearson (claro que não exatamente da visão de uma guerra apocalíptica entre a raça humana e as máquinas), de que em um futuro não tão distante as máquinas adquirirão autoconsciência e capacidade de pensar e expressar seus pensamentos.

       Pearson acredita, por exemplo, que a nanotecnologia poderá criar máquinas tão pequenas que será possível conectá-las aos neurônios e que, assim, seria possível criar verdadeiros ciborgues com consciência parte máquina, parte humana e que com o evoluir dos estudos sobre o genoma humano, a união do ser humano com a máquina será mais fácil e, assim que isso acontecer, a nossa espécie ( homo sapiens ) dará origem a uma nova espécie que Pearson denominou de "Homo cibernéticus". Segundo Pearson o "homo cibernéticus" terá praticamente toda a sua memória contida no ciberespaço. E quando isso acontecer Pearson afirma: "chegaremos à conclusão de que o corpo não é tão importante e poderemos transferir também o nosso lado biológico para o computador sem perder a sensação de ser humano." 

       Nesse caso então a máquina realmente terá uma consciência humana e o ser humano um corpo totalmente inorgânico. Mas uma máquina 100% inorgânica poderá ser considerada humana se um homem transferir toda a sua consciência e memória para ela? E no caso do corpo humano, será que deixaremos de ver um ser humano ao vermos o corpo sem consciência após a transferência ou aceitaremos que o corpo humano não passa de um veículo (uma máquina de carne) para a consciência humana? Saberemos diferenciar o ser humano da máquina ou não haverá diferenças entre eles?

      Segundo Pearson, não haverá problemas em vermos o corpo como um veículo, pois a consciência do ser humano estará viva no cirberespaço, e caso precisemos de um corpo, poderemos até construir um melhor que o originals que atenda todas as nossas necessidades. Quanto ao encararmos uma máquina 100% inorgânica como um ser humano, bem, para quem olhar de fora, será bem estranho ver um ser humano em um robô, mas para a consciência humana que estará alojada dentro do corpo robótico, segundo Pearson, ela se sentirá totalmente humana. Agora é esperar para ver como a humanidade irá reagir a essas situações hipotéticas. Quanto a questão de o que diferencia o humano da máquina, veja o que diz outro cientista pertencente a linha de pensamento da IA Forte :

       "Em 2040, já teremos máquinas com inteligência superior à humana ... Essas coisas (os robôs) são nossos descendentes. Nós as fizemos. De uma maneira ou de outra, elas são nossa semelhança. Não há diferença entre os robôs e nós. A parte biológica não é necessária." 
HANS MORAVEC

      Hans Moravac, cientista diretor do Instituto de Robótica da Universidade Carnegie Mellon, dos Estados Unidos, Também acredita que as máquinas inteligentes serão uma realidade e que a nossa espécie (homo sapiens) será substituída pelo que ele chama de "robô sapiens". Para Moravec, no futuro nosso planeta pertencera às máquinas, elas serão nossos substitutos naturais, assim como o homo sapiens substituiu seus ancestrais. E a idéia de que os homens de hoje serão os fósseis do futuro é encarada por Moravec como mais um passo natural da evolução do nosso planeta. Nós seremos, para as máquinas que dominarão o planeta daqui a milhares de anos, como os dinossauros são para nós.

       Então o ser humano deixará de existir? Bem se encararmos o ser humano como um ser biológico,segundo esses cientistas sim, o ser humano biológico será peça de museu, mas como consciência viva o ser humano nunca deixará de existir, ele terá um corpo robótico e será imortal, pelo menos enquanto existirem as máquinas na Terra ou em outros planetas.

      Os cientistas que seguem a linha da IA Forte parecem viajar em suas teorias sobre o futuro da robótica e da humanidade, mas muitos deles acreditam que independentemente da opinião das pessoas, os robôs, os computadores e máquinas inteligentes, a longo prazo, serão uma realidade e não há nada que as pessoas possam fazer para mudar isso. Alguns cientistas, como a pesquisadora Isabela Veloso (Departamento de Inteligência Artificial da Universidade de Carnegie Mellon -USA) acreditam em uma convivência pacífica e benigna entre máquinas e humanos. Outros, como o roboticista Mark Tilden (Los Alamos National Laboratory,USA), crêem que a humanidade sempre terá total controle sobre elas. Também há aqueles cientistas que, como Pearson, vêem a possibilidade de um cenário como em o "Exterminador do Futuro" ou como em "Matrix", onde ocorre uma guerra entre a humanidade e as máquinas inteligentes pela soberania do Planeta.

       Assim a vertente da IA forte, baseada no avanço tecnológico em todas as ciências, e na crença de que o ser humano é semelhante a uma máquina de carne, segue o seu caminho confiante que logo irá mudar a história da humanidade quando criar a primeira máquina autoconsciente e inteligente do planeta.
       Agora vamos ver o outro lado da moeda da ciência que estuda a IA. Veja o que diz Sebastian Thrun, roboticista da universidade de Carnegie Mellon - USA, " ... Robôs não são uma forma de vida. Um dos mais sofisticados robôs existentes são os mísseis de longo alcance. São autônomos, reconhecem imagens e podem lidar com diferentes situações. Será que alguém considera um míssel uma forma de vida ? Iria mudar alguma coisa se colocássemos olhos e boquinha neles? "

      E há muitos cientistas que como Thrun não enxergam a menor possibilidade de uma máquina ser considerada uma forma de vida, e outros que não só compartilham dessa opinião como também acreditam que uma máquina, por mais avançada que ela seja, nunca terá autoconsciência ou inteligência genuínas. Assim, para esses cientistas, discutir assuntos sobre direitos e deveres para máquinas ou robôs, ou sobre conflitos existenciais que uma máquina possa ter, é completamente ridículo, para não dizer insano.

      Para os cientistas que seguem essa linha de pensamento uma máquina vai ser sempre uma ferramenta de auxílio para o homem e nunca tomará seu lugar na Terra. Elas serão para sempre sem vida e desprovidas da capacidade de formar pensamentos que revelem alguma inteligência genuína. O professor Marcelo Finger, do Departamento de Ciência da computação do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da Universidade de São Paulo (USP), argumenta dizendo: "Dizer que há sistemas semelhantes ao cérebro é pura utopia. As máquinas trabalham apenas com repetições, enquanto os humanos lidam com associações. Se o homem ainda não conseguiu decifrar sequer a inteligência natural, como ele vai criar uma artificial?"

       Este argumento, bate de frente com o pensamento de cientistas que, como o filósofo e matemático Marvin Minsky, fundador do Laboratório de IA do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), considerado o "papa" da IA), acreditam que o cérebro humano é um computador perfeito de carne, e de certo modo o argumento de Finguer dá um pisão no calo da IA Forte, pois realmente, um dos grandes problemas enfrentados por essa vertente está no fato de que os cientistas, apesar dos esforços, ainda não descobriram como funciona o mecanismo da inteligência natural, que eles afirmam ser o algoritmo de funcionamento do cérebro.

      Finguer diz que os algoritmos para dar "inteligência" para que as máquinas conversem naturalmente com os humanos já estão sendo estudados há 50 anos e ainda não foram resolvidos nem os problemas teóricos sobre o tema. Para ele, até a metade do século XXI é improvável que os cientistas consigam criar uma máquina que converse naturalmente com um ser humano e ele afirma: "No máximo, existirão reconhecedores de voz para executar determinadas funções".

      Existe também a questão religiosa, para os que acreditam na criação divina do homem (criacionistas). Para esses, uma máquina nunca poderá ser considerada um ser vivo, quanto mais um ser humano. Segundo a visão da teologia, um homem é um ser tri-uno, ou seja, Deus criou o homem dando-lhe um corpo, um espírito e fez do homem uma alma vivente. Assim, o homem bíblico é constituído de corpo, alma e espírito. A ciência pode dar a uma máquina um corpo, talvez até mesmo uma consciência que simule uma alma, já que muitas pessoas acreditam que a alma é a responsável pelas emoções e sentimentos humanos, mas mesmo assim não será uma alma genuína, e sim apenas um software especialista que simula as emoções humanas. Mas o ponto crucial, levantado na teologia, é que nunca a ciência, por mais que ela avance, será capaz de dotar uma máquina de um espírito. Dessa forma, uma máquina não poderá ser considerada um ser vivo, do ponto de vista teológico, pois ela nunca terá uma alma, e jamais será considerada humana, visto que não possuirá um espírito, além de não possuir uma alma.

       O argumento religioso é bastante forte, quando argumenta que uma máquina, inteligente ou não, será sempre uma máquina e não uma criatura viva, pois a humanidade, em sua grande maioria, crê em um Deus criador e que somente esse Deus pode criar a vida e que jamais o homem poderá dotar uma máquina de alma e espírito.

      Assim a vertente da IA Fraca permanece forte em sua linha de raciocínio, baseada principalmente no insucesso da IA Forte em criar uma máquina inteligente, e nos vários argumentos que contestam as bases da IA Forte, sejam eles científicos, religiosos ou sociais.
       No texto acima, foram apresentados alguns argumentos de pessoas que seguem as linhas de raciocínio das duas vertentes da ciência da IA. O tema "Os computadores podem pensar?" é bastante atual. Ouve-se falar de Inteligência Artificial em todas as áreas, seja em jogos, satélites, computadores, softwares especialistas, prédios, casas, automóveis, eletrodomésticos, até em brinquedos. O desenvolvimento das tecnologias também contribue para esse "bum" da IA. Alguns cientistas acham que existe muita fantasia nas teorias dos colegas que seguem a IA Forte, esses últimos porém não têm dúvidas de que logo "nascerá " a primeira máquina, robô ou computador pensante da história da humanidade, criada pelas mãos do homem. Fica em aberto então a discussão. Qual dos dois lados da moeda está certo? Será a IA Forte ou A IA Fraca? Quem poderá responder essa questão tão antiga que deu origem a toda essa discussão,"Será que os computadores podem pensar?"

Fonte do texto indisponível

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