O medo de agulhas é algo que afeta muita gente e, inclusive, existem estudos sobre o que fazer para sofrer menos na hora de tomar uma injeção. Porém, o problema com as agulhas não está relacionado apenas ao medo. Apesar de todo o controle e cuidados, diversas doenças ainda são transmitidas acidentalmente através delas.
A boa notícia, de acordo com o MIT — Massachusetts Institute of Technology —, é que as injeções com agulhas podem estar com os dias contados. Cientistas do departamento de engenharia mecânica do instituto desenvolveram um dispositivo que permite que medicamentos sejam injetados sem o uso de agulhas, através do uso da energia magnética.
A nova tecnologia cria um jato de pressão que provoca uma minúscula abertura na pele, do diâmetro da probóscide de um mosquito — estrutura que eles utilizam para picar —, através da qual o medicamento é enviado à corrente sanguínea. Além disso, as substâncias injetadas não precisam estar em suas formas líquidas, pois o dispositivo também permite que medicamentos na forma de pó sejam aplicados.
O vídeo acima explica detalhadamente como o novo dispositivo funciona, com imagens e gráficos. Para ativar as legendas, basta você clicar sobre o botão “cc” do menu.
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Alívio! Você sabia que já existe injeção que não doi?
Você precisa tomar uma vacina (a da gripe, por exemplo), dá uma de valentão na frente dos amigos dizendo que é tranquilo, mas, na hora que entra na salinha com a enfermeira e a injeção, o medo toma conta do seu ser? Quando aquela agulha atravessa a sua pele, então, parece que você vai desmaiar a qualquer momento?
Se você se identificou com a situação acima, pode ficar sossegado, pois mais uma nova tecnologia de injeção sem agulha já existe há algum tempo e está sendo bastante usada em vários países.A novidade, chamada Stratis PharmaJet, traz o alívio para vacinação de crianças e de muitos adultos medrosos por aí.
Além desse dispositivo, você já conferiu outros projetos de injeções sem agulha que estão sendo desenvolvidos pelo mundo, como este do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e pequenos discos criados pela Fundação de Bill Gates.
Em vez de um choro,um sorriso
Para a garotada, quando a vacinação é feita com injeção comum (em vez das inofensivas, mas milagrosas gotinhas), o momento desse processo pode ser um suplício com muito choro, birra e esperneadas.
Já com a tecnologia sem agulha, o processo de vacinação é tranquilo e pode ser até divertido para quem espera dor, mas só sente um objeto encostado na pele. Confira abaixo um vídeo de uma vacinação feita em uma comunidade do Camboja com o Stratis e acompanhe a serenidade das crianças.
Como funciona?
Já existem alguns tipos de injeções sem agulha sendo usadas e em desenvolvimento. No caso do dispositivo Stratis, ele foi criado pela PharmaJet em colaboração com a PATH, uma organização sem fins lucrativos de saúde global com sede em Seattle, nos Estados Unidos.
O dispositivo tem o tamanho de uma lanterna média, tendo na ponta o conteúdo da vacina injetável. O injetor funciona com uma mola interna, que é pré-definida para um nível específico de compressão pelo fabricante durante a produção. A definição do nível depende do tipo de seringa descartável, de injetor de jato, da pressão desejada e da profundidade de entrega do conteúdo (subcutânea ou intramuscular).
Com o injetor “carregado”, basta apertar o botão para a mola liberar o imunizador. Feito isso, a vacina é fornecida através de uma pequena abertura na extremidade da injeção com aproximadamente a espessura de um cabelo humano. A pressão da mola cria uma "agulha líquida", que empurra o conteúdo através da pele sem nenhuma dor a uma velocidade de 167 metros por segundo. Então a ponta desativa automaticamente, evitando a reutilização.
O Stratis foi pré-qualificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) neste ano, o que significa que poderá ser utilizado pela OMS, GAVI Alliance e UNICEF para os próximos esforços de imunização em massa.
Alguns tipos de injeção sem agulha já têm sido criados desde a década de 1940, mas as formas antigas não tinham os recursos que evitam a contaminação cruzada como os atuais injetores de hoje de jato descartável. Até o Batman, em "Batman Begins", usou um injetor sem agulha para dar o antídoto de uma toxina para a sua namorada.
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